Nascida em uma família rica e influente de mercadores, Caitlyn Kiramman aprendeu muito cedo a lidar com as sutilezas da vida social de Piltover, mas preferia passar seu tempo nas florestas que cercavam a cidade. Capaz de circular com a mesma desenvoltura entre a elite da Cidade do Progresso e em meio à lama da floresta para caçar, conseguia rastrear os pássaros em voo sobre os distritos comerciais ou acertar o olho de uma lebre a longa distância com o mosquete de repetição de seu pai.

Os maiores trunfos de Caitlyn, no entanto, eram sua inteligência e a vontade de aprender com os pais, que reforçavam sua compreensão do certo e do errado, mesmo com uma vida confortável e privilegiada. Sua mãe, uma das lideranças mais importantes do clã Kiramman, sempre alertava Caitlyn sobre as tentações de Piltover e suas promessas grandiosas, capazes de endurecer até os corações mais bondosos. No início, Caitlyn dava pouca importância a isso. Para ela, Piltover era um lugar belo e organizado para onde adorava voltar depois de suas aventuras na natureza.

Tudo isso mudaria alguns anos depois, no Dia do Progresso.

Caitlyn voltou da festa e encontrou sua casa saqueada. Os criados da família estavam todos mortos e não havia nenhum vestígio de seus pais. Ela fechou a casa e partiu em busca deles.

Seguir rastros dentro de uma cidade era muito diferente de caçar na selva, mas, um a um, Caitlyn localizou os bandidos que tinham invadido sua casa. A trilha a levou a um esconderijo, onde sua mãe e seu pai estavam sendo torturados em busca de informações. Ela os resgatou sob o manto da escuridão e alertou os Vigias de Piltover... mas nenhum dos sequestradores conhecia a identidade de quem os havia contratado. Sabiam apenas que havia uma pessoa intermediária com a inicial C.

Caitlyn e seus pais começaram a reconstruir suas vidas... mas algo essencial tinha mudado dentro dela. Sua mãe não conseguia mais enfrentar a política e a duplicidade da vida no clã e desistiu de sua posição de prestígio, deixando uma espécie de vácuo na liderança Kiramman. Apesar de amar muito os pais, Caitlyn não tinha interesse em ocupar o posto da mãe ou aprender o ofício do pai como artífice.

Em vez disso, seu foco se voltou totalmente a desvendar a teia de intrigas em torno da misteriosa letra "C". Usando suas habilidades de caça, se estabeleceu como investigadora particular e logo construiu a reputação de alguém que poderia encontrar pessoas perdidas e recuperar bens roubados. Em reconhecimento ao seu sucesso independente, os pais de Caitlyn construíram para ela um extraordinário rifle hextec, mais preciso do que um mosquete. A arma aceitava vários projéteis especiais e era facilmente adaptável durante o uso.

Após um caso particularmente traumático envolvendo o desaparecimento de um dispositivo hextec e uma série de sequestros de crianças, Caitlyn foi convocada pelos Vigias.

Ela havia sido recomendada por um deles, que também se dedicava a casos estranhos, e a luta contra um grupo de quiméricos desonestos a serviço de um pesquisador lunático e enlouquecido por suas próprias formulações fez com que ela fosse formalmente convidada para o posto de xerife. A princípio, Caitlyn recusou, mas depois percebeu que o poder e os recursos dos Vigias poderiam ajudá-la a descobrir a verdadeira identidade de "C".

A partir de então, Caitlyn tornou-se uma oficial altamente respeitada entre os Vigias, sempre tentando fazer da Cidade do Progresso um lugar melhor e mais seguro. Recentemente, ela passou a trabalhar em parceria com uma nova recruta de Zaun, a impetuosa e imprudente Vi. O fato de uma dupla tão improvável funcionar tão bem é motivo de muitas conversas e fofocas entre os companheiros Vigias, e também entre aqueles que as duas colocam atrás das grades.

O que Caitlyn não sabe, entretanto, é que "C" também a observa de perto... especialmente agora que suas investigações trazem-na cada vez mais perto da verdade.